sexta-feira, 15 de abril de 2011

MICRO-CHAPECÓ/SC: O BATUQUE, A RIMA, E A DANÇA, NOSSAS ARMAS PARA A HUMANIZAÇÃO DO SISTEMA


MICRO-CHAPECÓ/SC: O BATUQUE, A RIMA, E A DANÇA, NOSSAS ARMAS PARA A HUMANIZAÇÃO DO SISTEMA
Debate crítico sobre os rumos da Recid e o papel da educação popular no enfrentamento a miséria marcou o encontro, temperado musicalmente pelo batuque, a rima, a arte e força contagiante da juventude do Oeste de Santa Catarina.
Aconteceu no final de semana, dias 08,09 e 10 de abril, na cidade de Chapecó, na sede do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), o  encontro  microrregional da Recid . Evento este, organizado pelas educadoras populares, Carolina Bernardo e da colaboradora da rede Ana Zultanski, no encontro, estiveram presentes membros da rede dos três estados do sul, na pauta: Juventude e Direitos Humanos.
Na pauta da sexta-feira (08), o planejamento do encontro Macro Sul, previsto para os dias 13, 14 e 15 de maio em Florianópolis ou Lages. Educadores/as do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e do Paraná utilizarão o momento para traçar estratégias políticas de atuação da Rede para o próximo convênio, com objetivos específicos:
I- Aprofundar o estudo de conjuntura;
II- Avaliar o processo até o momento;
III- Discutir a organicidade e organização de todos os sujeitos envolvidos com a rede (TN, CN, coordenação macro sul, educadores, entidade ancoras nacional e estadual).
Também foi debatido, no sentido do envolvimento com os Movimentos Sociais na construção de um modelo de desenvolvimento sustentado na educação popular como estratégia de enfrentamento à miséria. Sintonizados no entendimento de que, ‘país rico é país sem pobreza’ dialogar com os MS e buscar alternativas contra este sistema hegemônico, que está aí estabelecido, capitalista e predador.
No sábado e domingo (09 e 10), participaram mais efetivamente das atividades, dois grupos das regiões Oeste e Extremo-Oeste de Santa Catarina, das cidades de São Miguel do Oeste (SMO) e Chapecó, onde são acompanhados pelos educadores Valdemar Lourenço e Carolina Bernardo, respectivamente. A apresentação de percussão, ritmada pelo samba, batuque e cantos do coletivo de jovens e crianças que, trabalham de modo organizado entre a Secretaria da Cultura de SMO e a Recid, contagiou os/as participantes. Ainda mais surpresos ficamos ao verificar o processo desencadeado de educação popular, dialogicidade e participação ativa dos meninos e meninas nas rodas de conversa sobre Juventude e Direitos Humanos.
O coletivo MH2C - Movimento Hip-Hop Chapecó fez suas intervenções através do teatro denunciando a forma sensacionalista como a mídia aborda questões relacionadas à juventude, a violência e a pobreza - a expressão corporal através da rima, da dança e a apresentação de documentário, produzido por eles próprios,  de direção do camarada Jesus, retratou as condições precárias de mobilidade urbana no serviço de transporte público da cidade de Chapecó.  
O encontro microrregional de Chapecó despertou em nós, educadores a consciência das palavras de Paulo Freire ‘quanto mais cedo comece o diálogo, mais revolução será’ e fortaleceu a importância em mudar a metodologia do ensino/aprendizagem e que, rever as políticas pedagógicas do sistema educacional formal brasileiro, não é somente necessário, mas também possível.

Por Tomás Poli Sanchotene

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