segunda-feira, 5 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

OCentro de Direitos Humanos e Cidadania Ir. Jandira Bettoni - CDHC-Lages, o Fórum Catarinense pelo fim da violencia e exploração sexual infantojuvenil e a RECID - Nucleo de Lages,

Convidam

para a 1ª grande oficina na praça, alusiva ao

Dia Internacional da Mulher,

que se fará realizar no dia 10 de março de 2012, no calçadão do centro de Lages, das 09h30min às 14h.

A oficina está sendo organizada segundo o eixo orientador V: “Educação e Cultura em Direitos Humanos”, do PNDH3, numa metodologia dialógica participativa, que contará com várias atividades envolvendo mulheres (crianças, jovens, adultas e idosas), sendo que a principal delas será exatamente às 12h9min, quando estaremos homenageando as 129 mulheres que foram queimadas vivas, presas dentro de um barracão de tecelagem, em Nova Iorque, no ano de 1857, por estarem reivindicando melhores condições de trabalho, já que a jornada era de 16h diárias, com salários menores que os dos homens, em visível discriminação de gênero.

Este momento será marcado por um GRANDE ABRAÇO NA PRAÇA, a FAVOR: da VIDA, da PAZ, da DEMOCRACIA PARTCIPATIVA, do ACESSO À JUSTIÇA, da FAMÍLIA, das MENINAS, das JOVENS, das IDOSAS, das MULHERES, enfim, e CONTRA: a violência e discriminação, as drogas, o abuso sexual, a miséria, a fome, o desemprego, a falta de perspectivas e de esperança.

Contamos com sua presença e divulgação aos seus contatos, ajudando-nos a dar ao dia, um brilho mais e uma esperança mais, especialmente às mulheres/mães que sofrem violência doméstica e/ou por estarem a ver seus filhos e filhas se perdendo nas drogas, na prostituição ou sendo vítimas de outros tipos de violências. PARTICIPE! TRAGA SUA FAMÍLIA E AMIGAS!

Erli A. Camargo

Pelo Fórum Catarinense/CDHC-MNDH-SC e RECID Planalto/SC

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012








Convite:


A Rede de Educação Cidadã – RECID - é uma articulação de diversos atores, entidades e movimentos sociais, que atua em todo país desenvolvendo um processo de educação da população brasileira visando a construção de um Projeto Popular para o Brasil.
Em Santa Catarina a RECID está organizada, a partir de núcleos, em diversas cidades do interior do estado e na capital Florianópolis.
O núcleo de Florianópolis na busca de construir, coletivamente, uma estratégia de atuação articulada com diversas organizações e movimentos sociais, a fim de fortalecer as lutas populares locais e avançar na perspectiva da construção do Projeto Popular para o Brasil através da educação popular convida  para o Planejamento Estratégico a ser realizado no dia 23 de fevereiro de 2012 na sede do Instituto Arco-Íris.


O que:             Planejamento Estratégico da RECID 2012-02

Onde: Travessa Cultural Ratclif, nº 56 – Instituto Arco Íris

Quando:
Dia: 23 de fevereiro de 2012
Hora: das 18h30min ás 21h30min


Fone: 4884130933

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Seminário Brasil, questões e desafios atuais


Seminário Brasil, questões e desafios atuais aprofunda o modelo de desenvolvimento em curso no país

Escrito por  Willian Bonfim

Seminário Brasil, questões e desafios atuais aprofunda o modelo de desenvolvimento em curso no país
Dias 20 e 21, o Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia-GO, se tornou espaço de debate do modelo de desenvolvimento em curso no Brasil, do qual participaram cerca de 100 lideranças representando 40 movimentos sociais brasileiros, no Seminário: Brasil, questões e desafios atuais. Esta atividade é fruto do planejamento 2011 da Recid e foi organizado coletivamente em parceria com as organizações socais.
“Entender para lutar, lutar para entender”, com esta frase Graciela Rodrigues, da Rede Brasileira pela integração dos povos (Rebrip), chamou a atenção para a importância de fazer a ligação entre teoria e prática de forma permanente, na primeira Grande Roda de Diálogo que discutiu o modelo de desenvolvimento em curso no Brasil.
Em função da sua experiência, no acompanhamento às relações internacionais do Brasil, ela chamou a atenção sobre a necessidade de compreender que condicionantes, no âmbito global, vão determinar e interferir na política brasileira. Segundo ela, num mundo globalizado, os países estão cada vez mais condicionados pelo sistema econômico.
Visão com a qual concordou João Pedro Stédile, da coordenação do Movimento Sem Terra. Para ele, no Brasil a economia é completamente dependente e subordinada ao capital financeiro internacional, que tem o poder de decidir os rumos da política e da economia. Em sua análise, o governo, neste cenário, tem pouca autonomia para tomar decisões.
Para Stédile, o governo Dilma, como herdeiro do governo Lula, tem a mesma natureza de composição de classes. “No governo Dilma tem desde os capitalistas financeiros até os trabalhadores mais empobrecidos”, disse, ressaltando que isso gera uma conformação onde há múltiplos interesses e conflitos em disputa.
João Pedro ressaltou aspectos importantes do neodesenvolvimentismo em curso no Brasil (priorizar o Estado ao mercado; direcionar dinheiro público para investimentos públicos; fazer distribuição de renda via programas de transferência como o Bolsa Família). Contudo, ele disse que este modelo é insuficiente para resolver os problemas mais estruturantes do povo brasileiro.
O Governo Dilma, em sua avaliação, tem pela frente quatro grandes desafios: a) o superávit primário; b) a dependência da China; c) a fuga de capitais; d) a taxa de juros praticada no Brasil. “A taxa de juros paga pelo povo brasileiro de mais de 45% é irracional”, afirmou.
Neste cenário, disse Stédile, os desafios colocados para a classe trabalhadora são reforçar o trabalho de base e a conscientização, conforme a inspiração inicial de Frei Betto, sobre o trabalho do Talher/Recid; estimular as lutas sociais; ampliar os espaços de formação política e ideológica; e investir na formação da juventude, como o ator que fará as mudanças necessárias.
O professor do Instituto de Economia da UFRJ, João Sicsú, ressaltou, em sua análise, que o Brasil fez um desenvolvimento significativo nos últimos anos. E fundamentou a afirmação com alguns dados: o aumento de 60% em termos reais do salário mínimo; a criação, no último ano, de 1.400 milhão de empregos com carteira assinada; a ascensão de 40 milhões de famílias à classe média.
O economista destacou que esses resultados foram fruto de uma mudança de rumo do governo Lula, particularmente, no final de 2005 e 2006, rumo à perspectiva neodesenvolvimentista. Por outro lado, Sicsú afirmou que um projeto de desenvolvimento não pode ser elaborado e decidido apenas dentro dos gabinetes e universidades. “Um projeto nacional precisa ser construído pela sociedade; não é apenas uma equação econômica, mas política”, disse.
Os/as educadores/as e os militantes sociais, à tarde, se encontraram nos Círculos de Cultura para aprofundar e debater outros eixos identificados na preparação da atividade: Brasil sem pobreza e miséria; Democracia e reforma do sistema político; Educação popular, movimentos sociais e políticas públicas. O grupo também organizou uma animada noite cultural.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Mostra de Teatro do Oprimido em Florianópolis

Terá Início no dia 19 de outubro de 2010 o último módulo do Curso de Multiplicadores de Teatro do Oprimido em Florianópolis



     
Confira mais fotos aqui ao lado   ------->


É com grande alegria que a RECID Floripa chega a esse momento do processo de formação em Teatro do Oprimido e quer compartilhar com todos e todas.
Ao final de 8 meses de trabalho árduo, concluímos esse Curso de Formação de Multiplicadores de Teatro do
Oprimido muito mais conscientes e cheios de esperanaças pela construção de um mundo mais humano.
Serão cinco dias de atividades formativas internas ao grupo de multiplicadores e também estendidas a comunidade em geral.
Isso tudo foi  possível graças ao esforço de IZIDE FREGNANI, MÁRCIA POMPEU, HELEN SARAPECK E SANDRA SANGALETTI, Juntamente com apoio dos sindicatos e da Rede de Educação Cidadã, que contribuiram para a efetivação desse projeto.
logo abaixo a programação detalhada da mostra.Venha conferir!


Mostra de Teatro Fórum

data

atividade
hora
sala
19/10
4a
Oficina com comunidade: Grupo Canto da Lagoa
19 hs
CEART Espaço 1





20/10
5a
Mesa Redonda: Desafios do Teatro do Oprimido
  • Helen Sarapeck CTO
  • Izide Fregnani
  • Marcia Pompeo
17:00
Auditório do Bloco Amarelo


Oficina com comunidade:
Grupo Madalenas
13:30

15:00
Teatro – Educação
Espaço 1





21/10
6a
Apresentação Pública: Teatro Forum : Grupos Canto da lagoa e Madalenas

19:00
Espaço I
22/10
sab
Mostra Interna:
Grupos TO, Multiplicadores, alunos Impro II; alunos Estagio TC  II
Das 9:00 às
17:00
Salas ceart
23/10
dom
Avaliação final
¿
Teatro educação



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

RECID-SUL acompanha videoconferência do II Forum Interconselhos do PPA 2012-2015


RECID-SUL acompanha videoconferência do II Forum Interconselhos do PPA 2012-2015 
 
A coordenação da Rede de Educação Cidadã (RECID) Macro-Sul, participa neste 13 de outubro, na Assembléia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), em Florianópolis-SC, mesmo com dificuldades técnicas na operação do sistema Interlegis da transmissão do II Fórum Interconselhos do PPA 2012-2015 em Brasília, buscaram formas de acompanhar a atividade.
A RECID, sabendo que o objetivo desse encontro é apresentar a proposta do PPA 2012-2015, encaminhada ao Congresso Nacional no último 31 de agosto, se aproxima deste processo a partir das contribuições incorporadas pelas sugestões do encontro realizado em maio deste ano em Brasília.

A proposta de monitoramento do PPA, para os próximos quatro anos, com a participação da Sociedade Civil, é uma oportunidade para o aprimoramento do controle social dos recursos e políticas e ampliação dos espaços de participação democrática, através da Educação Popular.

O grupo formulou e encaminhou um questionamento sobre como está previsto no PPA, o orçamento da saúde e se os 10% da educação estão previstos.


Acompanhe e participe pelo endereço eletrônico: http://tinyurl.com/aovivoppa

Texto publicado no site http://www.recid.org.br/

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Rebelião de presos em Blumenau


Rebelião de presos em Blumenau


Em Blumenau vivemos nessa madrugada uma rebelião no Presídio Regional de Blumenau. Nós da Rede de Educação Cidadã e do Movimento Nacional de Direitos Humanos estamos há muito tempo denunciando as condições de tortura nas instalações e na relação com os apenados. Em conjunto com familiares dos apenados, Movimentos Sociais e sindicais constituímos em 2010 o Fórum de Direito e Combate a Tortura dos Apenados no Presídio. Este Fórum elaborou uma carta denúncia a qual foi entregue a todo tipo de autoridades, desde o Movimento Nacional e Estadual de Direitos Humanos, ao poder judiciário Estadual, Federal e Regional, bem como ao executivo Estadual e Legislativo do Estado. O que era previsível aconteceu. Na quinta feira dia 29/09/2011, juntamente com parentes dos reclusos estive falando com a Juíza Corregedora e a Promotora de Justiça alertando que a situação é de “CAOS” dentro do presídio, onde os apenados fazem greve de fome em protesto a tortura. Tivemos êxito, sendo que a magistrada concordou depois de muita resistência, em requisitar exame de corpo delito nos detentos que apresentaríamos como torturados. Caso não conseguíssemos devido ao medo de represaria, então a Juíza iria escolher por amostragem 11 apenados para o referido exame. Na madrugada para amanhecer o dia 03/10/2011, de tanto sofrer com maus tratos iniciou uma rebelião, tendo como resultado muitos feridos, muitos espancados, dois queimados, um esfaqueado e lamentavelmente um óbito que vem sendo ocultado pela direção do órgão. As mães e esposas como um ato de coragem vem de forma organizada protestando em frente ao Presídio com gritos de guerra, faixas e cartazes, enfrentando a austera força repressiva do Estado, xingamentos entre outras formas de humilhação. Falamos com a Secretária da Execução Penal do Estado, com promotora, com Juíza, com Diretor de Presídio, com Deputada, com Juiz corregedor do Estado, com autoridades da Secretaria de Estado, mas o fato é que os familiares continuam sem notícia dos apenados.

















Por Sergio Bernardo - RECID Blumenau

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

HÁ UM GRITO NO AR


HÁ UM GRITO NO AR



            Retorno de uns dias de pretenso descanso na casa de mamãe, retomo a leitura cotidiana de jornais, revistas  e blogs de variados tipos, entro de cabeça na preparação de três eventos importantes – uma Oficina sobre os processos formativo-educativos do governo federal com a sociedade civil, em 6 de outubro, um Seminário nacional sobre o Brasil, questões e desafios atuais, em 20 e 21 de outubro, com presença e participação de representantes de movimentos sociais, este organizado pela Rede de Educação Cidadã, e um Seminário nacional  de participação social, de 26 a 28 de outubro, todos eventos no âmbito da Secretaria Nacional de Articulação Social da Secretaria Geral da Presidência da República – e dou-me conta de algo diferente que está acontecendo.

            A televisão mostra a mobilização em frente à Bolsa de Valores de Nova Iorque, onde jovens acampados protestam contra o mercado financeiro e os altos lucros dos bancos. A Grécia parou, em greve geral. Os estudantes chilenos continuam na rua. Analistas internacionais falam da necessidade da ajuda dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia e China – na compra de títulos da dívida européia, para ajudar a Europa a escapar da crise que se aprofunda. Lula, ao ser o primeiro latino-americano em 140 anos a receber o título de Doutor Honoris Causa do Instituto de Ciência Política de Paris, o famoso Sciences Po, e ser aclamado, diz: “O problema da crise não é econômico e sim de decisão política”. A presidenta Dilma, em seu histórico discurso na abertura da 66ª Assembléia Geral da ONU, disse: “O mundo vive um momento extremamente delicado e, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade histórica”.

Recebo mensagem com a seguinte chamada: “Atenção à agenda internacional dos movimentos sociais”. É o Boletim da Minga Informativa de Movimentos sociais, dizendo ser outubro ‘mês de mobilizações no continente e no mundo’. Os eixos centrais são: os temas ambientais e climáticos e os direitos da natureza, com vistas às negociações internacionais em Durban (dezembro, sobre clima) e Rio+20 (Rio de Janeiro, junho de 2012, sobre desenvolvimento sustentável).

Como, por exemplo, a IV Minga global pela Mãe Terra em 12 de outubro, convocada pelos povos indígenas do Abya Yala. O objetivo é “que em cada rincão do planeta se levantem as vozes e se unam as mãos em defesa da vida, pelos direitos da Mãe Terra, pelo pleno exercício dos direitos dos povos indígenas, contra a imposição das atividades extrativas e  pela construção coletiva do Bem-Viver”.

Ou a Semana de ação global contra a dívida e  as instituições financeiras internacionais, de 8 a 16 de outubro: “Unamos nossas forças e digamos NÃO à dívida ilegítima. As instâncias organizadoras convidam a fazer confluir as ações em todo planeta, convidando todos e todas a unir-se, a maximizar sua criatividade e a realizar todo tipo de ação apropriada para viabilizar as demandas comuns e apoiar as lutas concretas.”

No Panamá realiza-se em 1 e 2 de outubro o Foro alternativo sobre Mudanças climáticas: “O objetivo é retroalimentar os processos de luta e denunciar a aplicação das falsas soluções à crise do clima em seu conjunto”. Até 7 de outubro as organizações podem apoiar o chamamento contra a tomada de terras, “contribuindo para pressionar os governos para que rechacem definitivamente os Princípios  para Inversões agrícolas responsáveis (RAI, em sua sigla em inglês), do Banco Mundial)”.

Em 12 de outubro acontecerá o Grito dos Excluídos continental, com a 13ª Jornada de Mobilização ‘Por  Trabalho, Justiça e Vida!’, em diversos países da América Latina e Caribe: “O Grito vai acontecer em distintas formas, expressões e com diferentes agendas, com o denominador comum da defesa da Vida em toda sua amplitude: da natureza, das comunidades, dos direitos sociais das minorias e dos excluídos/as”.

Na República Dominicana já iniciaram as Jornadas de Mobilização/2011 pelo Direito à Habitação e à Terra, relacionadas ao Dia Mundial do Habitat.

No Vale do Cauca, Colômbia, realizar-se-á o Congresso de Terras, Territórios e Soberanias, de 30 de setembro a 4 de outubro, “convocado por organizações campesinas, indígenas, afrodescendentes e do populações urbanas e que pretende reunir dez mil pessoas de todo país”.

Tendo em visa a XVII Conferência das Partes da Convenção sobre as Mudanças Climáticas das  Nações Unidas, em Durban, África do Sul, no final de novembro, a Via Campesina realiza um ‘chamamento aos movimentos sócias e a todos os povos para uma mobilização mundial, para exigir justiça climática’.

Em 29 e 30 de outubro, acontece o 8º Encontro Nacional Fé e Política em Embu das Artes, SP, com o tema: Em Busca da Sociedade do Bem-Viver: sabedoria, protagonismo, política (informações: www.fepolitica.org.br).

            Não estamos assistindo, portanto, Um Grito parado no Ar, peça de teatro de Gianfrancesco Guarnieri, de grande sucesso nos anos setenta que denunciava de forma metafórica a censura, onde “restava ao grupo de artistas somente um uníssono grito final, símbolo da luta e também da sobrevivência em meio à opressão reinante”. Ou a letra de Ana de Hollanda, hoje ministra da Cultura, em Um Grito parado no Ar: “Quem souber de alguma coisa/ Venha logo me avisar./ Sei que há um céu sobre essa chuva/ e um grito parado no ar.”

            Nem é (ainda) o grito dos anos oitenta e sua chamada à mudança. Mas a efervescência, a  mobilização estão no ar  e na cabeça das pessoas. Cada dia fica mais perceptível que o modelo neoliberal de desenvolvimento está levando o mundo a uma situação, senão de caos, pelo menos de insustentabilidade. Não é mais possível que o mercado financeiro domine a economia, beneficiando meia dúzia, levando os países à crise e os trabalhadores ao desemprego e à miséria. Não é sustentável o modelo consumista que destrói a natureza, que esgota a água, que polui o planeta e dissemina valores como o individualismo, a ganância, o lucro como medida da vida e das relações sociais, o egoísmo, ou como se dizia nos anos oitenta, e ainda vale hoje, o ter em vez do ser.

            A reação, a luta e o sonho, como sempre, vêm dos de baixo, dos mais pobres e trabalhadores, dos indígenas, negros e quilombolas, mulheres e jovens, militantes da economia solidária e dos direitos humanos, agricultores familiares e camponeses. E desenha o futuro de “um outro mundo possível’, urgente e necessário.

Selvino Heck
Assessor Especial da Secretaria Geral da Presidência da República
Em trinta de setembro de dois mil e onze